14 de outubro de 2017

Ação no Hospital das Clínicas leva diversão para crianças

Pacientes terão um mês de ações lúdicas para melhorar o ambienteAdilton Venegeroles l Ag. A TARDE
Numa sala pequena, um palhaço feito de bolas de soprar. Em uma TV, o som de canções infantis. Sentadas e com olhares atentos, crianças vestidas de palhaço, chapeuzinho vermelho e de bruxa aguardam o início da apresentação.
Elas estão internadas no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-Ufba), o Hospital das Clínicas, mas, na manhã desta sexta-feira, 13, o clima em nada lembrava o das enfermarias.
Por um par de horas, o hospital deu lugar a um circo. Pelo menos era isso que os profissionais da Companhia Multi in Cena queriam estimular na imaginação dos pequenos.
O grupo, criado em 2011, é formado por residentes e supervisores do Hupes. No comando da apresentação, a psicóloga Maria Fernanda Schindler foi vestida de bailarina. A assistente social Viviane Brito, de mágica. Os médicos, de jaleco, acompanharam.
Fizeram concurso de dança, disputa para cantar canções e, ao final, todos ganharam presentes. “Fazemos isto por causa da questão da humanização hospitalar.
Quebrar a rigidez desse ambiente. Adoecer já é pesado. Queremos tornar o ambiente mais familiar, mais próximo deles”, ressaltou Viviane. As ações no Hupes vão durar o mês inteiro.
“Nosso objetivo principal é estimular uma melhor adaptação ao contexto hospitalar. Eles estão fora de casa. A gente busca tornar o ambiente menos distante para eles e estimular a interação, a redução de estresse e ansiedade que o próprio hospital favorece”, afirmou Maria Fernanda.
Internada desde 27 de setembro, a estudante Vitória Alves, 15, dançou e cantou. “É legal porque é divertido. O dia aqui dentro é muito sem graça e agora está animado. Ajuda a distrair a mente”, disse a garota.
Participação
Mães e acompanhantes participaram. A professora Rosângela Nascimento, 50, acompanhava a filha de 11 anos, Ana Louise.
“Ela tem ossos de cristal. Não tem cálcio nem colágeno entre eles. A gente recebeu alta hoje, mas ficamos para participar. Eu acho ótimo porque quebra a rotina do hospital. Mostra que tem outro lado das coisas. É um ato de amor”, disse Rosângela.
A programação, que abrange datas como Natal e São João, já teve peças teatrais e a participação de outros grupos. A secretária Neiza Marques, 45, acompanha a sobrinha há quase dois meses. “Ela já perdeu quase 20 quilos, mas está melhor agora. Essas ações ajudam a levantar o astral. É superinteressante”, avalia.


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